Por um objetivo maior

A seleção brasileira volta a campo hoje, em Córdoba, pressionada. Extremamente criticada pelo péssimo futebol praticado nas duas partidas anteriores, precisa empatar ou ganhar do Equador para se classificar às quartas de final.

Na coletiva de segunda-feira, o capitão Lúcio deu uma puxada de orelha geral, pedindo mais comprometimento e respeito à camisa, afirmando que “o escudo que vem à frente é mais importante do que o nome que vem atrás”, num discurso que lembrou bastante a era Dunga e foi visto como uma indireta aos mais jovens do elenco.

Polêmicas à parte, Mano Menezes continua parecendo meio perdido. Nos treinamentos ele voltou a colocar Robinho entre os titulares no lugar de Jadson. O que na prática não quer dizer muita coisa, considerando que a formação titular da partida contra o Paraguai veio como uma surpresa para todos, já que a assessoria da CBF optou por omitir que ela nem sequer fora testada durante o treinamento fechado. No mais, Mano trocou Daniel Alves, que cometeu erro bizonho no segundo gol paraguaio por Maicon.

O Equador é o lanterna do grupo e o seu técnico Reinaldo Rueda está ameaçado de perder o cargo caso seu time não se classifique, o que só deixa a partida com um tom ainda mais dramático. Antonio Valencia, destaque do time, continua vetado pelo departamento médico e Michael Arroyo deverá ser seu substituto. O resto do time deve permanecer o mesmo do jogo contra a Venezuela.

O Brasil precisa mais do que se classificar, precisa ganhar e se possível, convencer. Por sermos, culturalmente, um povo imediatista e exigente quando se trata de futebol, já se escuta falar de tudo, até na volta do Dunga ou que os nossos jovens talentos não são tão talentosos assim. Uma eliminação precoce resultaria num enorme descrédito na formação de uma seleção que pode e deve resgatar nossos principais valores futebolísticos.

2 Responses to Por um objetivo maior

  1. Bom, como não acompanho o time da CBF, não posso opinar.
    Mas creio que vencerão o Equador, que na minha opinião, é menos equipe do que a emergente Venezuela.

    Ótimo texto Mary!!!

    Beijos…

  2. Fabio Seixas disse:

    Mais um ótimo post, parabéns! Que uma eventual eliminação da seleção hoje (sim, é possível) não queime esta geração de jovens jogadores. É bom lembrar que eles só estão com toda essa responsabilidade porque a geração anterior (Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano…) falhou.

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